Aquele que foi esquecido
Entre todas as discussões, apostas e palpites sobre quem deverá ser o camisa 10 da seleção, um jogador foi esquecido tanto pelos treinadores, quanto pela mídia. Este é Diego.
O jogador do Wolfsburg teve algumas oportunidades com Dunga, num time que a transição era a mais forte característica. Para este padrão, Kaká era e foi a melhor opção.
Quando Mano Menezes assumiu o cargo, uma nova filosofia de jogo era implantada. A posse de bola, a compactação, a marcação pressão e o protagonismo viraram os objetivos.
Mano optou por volantes leves, que tinham qualidade necessária para iniciar as jogadas no meio de campo e chegar ao ataque. O 4-2-3-1 virou o esquema definitivo.
Nessa linha de pensamento, o meia centralizado passaria a exercer uma função mais cadenciada, característica que, por exemplo, não pertence a Kaká. Tanto que o meia do Real Madrid, quando jogou, atuou aberto pelos lados.
O até então técnico testou Ganso, Ronaldinho, Renato Augusto, Jadson e Oscar (é possível que eu tenha me esquecido de alguém). O último foi o que melhor convenceu, pois tem um estilo de jogo que encaixava com o pensamento.
Porém, quando observamos o time do Wolfsburg, por exemplo, notamos que o esquema é o mesmo adotado na seleção. E é impressionante como o Diego consegue dominar o meio campo com maestria. Tudo passa por ele.
Ainda não sabemos qual filosofia Scolari implantará, mas, durante a primeira partida, diante da Inglaterra, o treinador mostrou que pode dar sequência ao trabalho do seu antecessor.
E se isso se confirmar, não faz o menor sentido uma oportunidade não ser dada a Diego. Ainda mais porque, até então, não existe alguém que faça sombra ao jovem Oscar. Algo que pode ser muito perigoso numa Copa do Mundo.
Eu não tenho a menor dúvida de que se Diego desfilasse seu futebol pelos gramados brasileiros, que haveria um apelo enorme da imprensa esportiva em prol da sua convocação.
E isso mostra o descaso de alguns jornalistas “especializados” com algumas competições europeias. E a Bundesliga é uma delas.
Se o objetivo é dar experiência ao time, com jogadores que chamem a responsabilidade para que os jovens talentos se sintam à vontade. Diego, ao meu ver, pode ser a melhor opção para vestir a gloriosa camisa 10 da seleção.