É um tri-orgulho que nem todos podem ter
A noite de ontem foi especial para todos os santistas e para aqueles que apreciam o bom futebol. O Santos Futebol Clube sagrou-se tricampeão da Taça Libertadores, tornando-se (ao lado do São Paulo) o clube com mais títulos da América no Brasil.
A partida foi dura muito por causa do “jogo sujo” imposto pelo Peñarol e da imcomplacência do árbitro argentino Sérgio Pezzota. Fora isso, o Santos foi a única equipe que colocou a bola no chão e procurou jogar futebol. O Glorioso criou inúmeras chances, principalmente no segundo tempo, e a vitória de 2 a 1 acabou ficando barata para o time uruguaio.
É difícil até escolher um melhor em campo. Apesar de Neymar ter sido o grande nome do Santos e da competição, nesta partida a sua colaboração foi dividida com outros ótimos jogadores. Arouca, Léo, Adriano, Ganso, Elano e Danilo foram também, os melhores em campo.
E o que dizer de Zé Eduardo?
Zé continuou brigando como nunca e não marcando gols como sempre. Obrigado, Zé, mas você não fará falta. Se fosse o Borges, teria sido goleada.
Com toda a pompa de Campeão da América, agora, o grande campeonato do Santos é criar condições para manter Ganso e Neymar e estruturar uma equipe que possa se firmar – como nos anos 60 – entre as melhores do mundo.
O fato é, isso não deve ser uma meta apenas do Santos Futebol Clube, mas sim de todos os clubes brasileiros e sul-americanos. Afinal, não está escrito em lugar nenhum que os astros da América do Sul precisam se transferir para a Europa para serem reconhecidos.
Com a depuração do elenco – a saída de jogadores que, mesmo sendo campeões sul-americanos, não estão jogando bem e a vinda de outros, mais competitivos – o Peixe poderá fazer também um segundo semestre vitorioso. Não se pode esquecer que a partir de agora o mundo já está antevendo um duelo entre Barcelona e Santos, entre Xavi e Ganso; Iniesta e Arouca; Messi e Neymar.
Também é preciso ser dito que a Conmebol precisa reorganizar a Libertadores urgentemente. A agressão aos jogadores do Fluminense na Argentina e aos torcedores do Santos em Assunção e Montevidéu não podem ser esquecidas, assim como não se pode esquecer a briga de ontem ao final da partida.
Deu para perceber claramente que um jovem torcedor alvinegro provocou um jogador do Peñarol e começou a confusão. Acho que, para dar o exemplo, o Santos deveria descobrir quem é este rapaz e, caso seja sócio, excluí-lo do quadro associativo. Ele estragou parte de uma festa esperada há 48 anos e quase provoca uma tragédia.
Outro fato insólito é o número de funcionários do Santos que entraram na fila para receber medalhas. Eu fiquei em dúvida se andou faltando medalhas para alguns jogadores. Acho que isso banaliza o mérito. Seria o mesmo que um cartola subir no pódio ao lado do campeão olímpico. Seria ridículo.
Mas hoje, pelo menos para o torcedor santista, o que realmente importa é que o seu time é tricampeão da América. Parabéns, Santos.