Já deu para o Mano
Há um ano, quando Mano Menezes foi o escolhido para ser não apenas o técnico da seleção, mas a pessoa que tinha o dever de renovar e transformar o futebol brasileiro para a copa de 2014 – eu apoiei.
Apoiei mesmo sabendo que ele não tinha uma longa estrada na profissão – apesar de seus últimos bons trabalhos até então.
Não também pelas suas qualidades dentro de campo, mas sim por sua seriedade. O Brasil precisava de alguém sério para esta tão difícil missão – sejamos justos.
Logo em sua primeira partida contra os Estados Unidos, ele foi ousado, escalou um time com apenas um volante de origem, a equipe se encaixou facilmente e deixou todos os brasileiros com água na boca.
Em seguida, Ganso se machucou, jogos amistosos foram feitos e, nós (torcedores e membros da imprensa) sempre culpávamos a ausência de Paulo Henrique como fator preponderante para as atuações medianas.
Isentamos Mano!
Quando a seleção perdeu para a Argentina, muitas foram as críticas, isentamos Mano novamente, afinal, ele não tinha culpa que Douglas perdera uma bola no último minuto ocasionando o gol de Messi.
O xingo de Mano a Douglas foi aplaudido de pé por todos nós.
Mais tarde vieram os jogos de preparação para a Copa América e nada de boas atuações. A teimosia do técnico da seleção com algumas peças, já começava irritar.
Muito se comentava sobre as consecutivas convocações de jogadores que são assessorados pelo mesmo empresário de Mano. Casos de André Santos, Jadson e Lucas Leiva.
A Copa América seria muito importante para que pudéssemos analisar melhor qual era o pensamento de Mano Menezes e ver como ele conduziria o trabalho dentro de uma competição. O resultado seria irrelevante!
No entanto, a sua convocação para a competição foi contestadíssima. Nomes como Fred, Jadson, Lucas Leiva, Andre Santos, Adriano, Lúcio, entre outros, eram criticados veementemente pela opinião pública.
Durante a competição, a convocação se mostrou ruim a partir do momento que o Brasil não tinha boas opções para o segundo tempo. Nem ao menos jogadores que pudessem ser úteis taticamente.
A eliminação veio e a seleção não jogou. Há exatamente um ano a seleção não joga futebol.
Hoje, o Brasil não só não jogou, mas como tomou um baile da Alemanha.
Não foi um baile plástico, com jogadas de efeito e muita posse de bola. Até porque essa não é a característica alemã. Contudo, a Alemanha mostrou ao Brasil que possui um time. Ao contrário da nossa seleção que conta apenas com onze jogadores – vestidos com uma camisa amarela descaracterizada – espalhados em campo.
A melhor contribuição que Mano Menezes pode dar à seleção brasileira neste momento é entregar o seu cargo. Admitir que não conseguiu encaixar um time e admitir também que daqui pra frente a seleção precisa de outro profissional.
Seria um gesto de sabedoria e humildade.
Mano continuaria sendo um bom treinador como sempre foi e certamente teria espaço em grandes clubes do Brasil.
E você, concorda que a seleção precisa de um novo treinador?