Épico
Posted On 28 de julho de 2011
1
314 Views
0 Eu nunca imaginei que iria, algum dia, dormir feliz após uma derrota do meu time de coração. Muito menos se esta fosse uma virada histórica. Acreditem, isso aconteceu ontem.
A nova geração dos apreciadores de futebol puderam presenciar algo que costumeiramente acontecia na década de 60.
Santos e Flamengo fizeram um jogo histórico na Vila Belmiro. Um jogo para ser lembrado como um dos maiores na história do futebol. Para mim, a melhor partida que eu já assisti ao vivo.
Todos os ingredientes para um excelente confronto estavam em campo. Os dois técnicos mais vencedores do país. Os dois meios de campo mais técnicos e os dois melhores jogadores do Brasil.
A Vila mais famosa do mundo estava lotada para receber pela primeira vez depois da conquista da Libertadores, seu time principal. E este time, reforçado, mostrou que é muito bom!
E é tão bom, que se deu ao luxo de brincar com o Flamengo.
Até ontem, confesso que achava um mistério a invencibilidade do rubro-negro, mais ainda o fato de ter perdido apenas uma no ano.
Ontem, quem assistiu, entendeu!
Para resumir toda a magia existente na partida de ontem, bastava ver as entrevistas ao término do jogo. Ninguém estava triste ou bravo. O Muricy não estava.
Todos estavam felizes por terem participado desta ode ao futebol. Por serem parceiros ou adversários de Neymar e Ronaldinho.
O primeiro teve atuação e gol de Pelé. E o segundo estragou a festa como Garrincha.
Sorte de quem viu.
Azar da Globo, que mesmo com todos os ingredientes ditos aqui, preferiu passar para a capital Coritiba e São Paulo. No mínimo, uma escolha infeliz.
Tão infeliz que, pela primeira vez, em seu site, está disponível gratuitamente os 90 minutos para quem quiser ver.
Completo dizendo que ainda acho que o Neymar do Santos está atrás do Messi do Barcelona. No entanto, esta diferença diminuiu drasticamente depois desta última noite. E se ao final deste ano, ele não estiver pelo menos entre os três indicados ao prêmio de melhor do mundo, será uma das maiores injustiças do futebol.
Assim como será injustiça não convocar Ronaldinho para a seleção, se claro, continuar jogando tudo isso.
Por falar em Ronaldinho, a mesma Vila Belmiro, que há dois anos colocou outro Ronaldo no topo do país, parece ter tido o mesmo efeito com o Gaúcho.
Desde que saiu do Barcelona, Ronaldinho não jogava tanto. Provou que continua sendo um gênio. E calou a boca daqueles que diziam que atuações como aquelas de 2004 a 2006 haviam acabado.
Por fim, Flamengo e Santos podem comemorar, afinal, dentro de suas inúmeras partidas até o final do campeonato, só terão que jogar um contra o outro mais uma única vez.