Vamos todos cantar de coração…
Vamos todos cantar de coração: o Vasco da Gama é o campeão!
Libertadores à vista, após 11 anos de calmaria, finalmente os bons ventos voltaram a soprar em São Januário.
Sua grande torcida bem feliz, merecidamente, comemora de Norte a Sul deste país. E não é pra menos. Depois de quase uma década nas mãos de Eurico Miranda, nada melhor do que soltar o grito.
Mas eu tenho um recado pra quando a euforia passar: é chegada a hora do Vasco pensar seu futuro.
Tudo bem, o ano já está ganho. Diria o mesmo se o campeão fosse o Coritiba.
Mas, hoje, claramente existem dois caminhos possíveis para a caravela cruz-maltina.
Um é aquele que o Corinthians escolheu: abandonar o brasileiro, não se reforçar, cair na Libertadores e voltar para o ponto inicial.
O outro é levar o campeonato nacional com seriedade, tentando brigar lá em cima e, o que é mais importante: buscando sempre melhorar.
Porque, sejamos sinceros, até o Paulista de Jundiaí já ganhou a Copa do Brasil. E, claro, isso não é tirar o mérito de ninguém, já que times mais fortes como São Paulo e Flamengo, não alcançaram a façanha.
Só quero dizer o seguinte: com esse time, de Éder Luís e Diego Souza, não dá pra voltar ao lugar aonde o Vasco merece estar.
Não, não acho o time uma coisa horrorosa. Com o Carlos Alberto era muito pior.
Mas o clube tem uma das maiores torcidas do país. Não pode se contentar em ficar na média.
Agora é a hora de pensar em mais coisa do que apenas Juninho. É a hora de se reforçar. De bolar iniciativas pra arrecadar mais. De investir na base. E, convenhamos, nenhum dos três critérios foi o forte da administração Roberto Dinamite.
Portanto, reitero a dica: achar que tá bom desse jeito, pode ser um erro grave. O time precisa de mais um zagueiro, de dois laterais, de uma dupla de volantes de verdade e de, pelo menos, mais um atacante.
Que corra atrás desses jogadores e monte um time forte, pra brigar lá em cima. Senão, a euforia pode virar decepção.
E claro: se você é vascaíno, deixe pra pensar nisso daqui há umas semanas. Por enquanto, comemore: seu time foi campeão, e a imprensa pôde cobrir a festa. Eurico Miranda? Nunca mais!