Copa dos campeões da América
Há quem ache que o Barcelona tem um time extraordinário, “do goleiro ao ponta esquerda”.
Não é o meu caso.
Me entendam: não sou louco de recusar Xavi, Iniesta e Villa no meu time. Acho que ninguém é.
Acontece que GÊNIO, mesmo, o Barça só tem um: Lionel Messi.
Os outros blaugranas, como os já citados, são muito regulares, raramente erram passes ou perdem gols feitos. São, também, capazes de uma ou outra sacada genial.
Mas estão muito longe de Messi, o melhor do mundo.
Pra entender melhor: o que fez a equipe de Guardiola contra o Real Madrid? Tocou a bola muito bem, obrigado, e esperou Messi brilhar.
Era justamente o que a Espanha fazia, com uma diferença fundamental: não ter Messi.
Por isso, os campeões de 2010 jogavam um futebolzinho chinfrim, com um gol e um drible pra cada 3000 toques de lado.
Só que, quem tem um gênio como o Barça, faz um melhor momento valer 90 minutos de espera.
Parece o Cruzeiro.
Cruzeiro que tem Montillo, segundo melhor jogador do continente depois de Neymar. Montillo, esse, que é o Messi de Minas.
O resto do time celeste, assim como o Barça, é bem treinado, toca bem a bola e é igualmente implacável. Mas gênio, é só um: Montillo.
Claro: se jogam Cruzeiro e Barça, não ponho um centavo na Raposa. Mas vale a comparação.
Porque os mineiros têm o melhor time da Libertadores, deram um banho tático no Estudiantes, em La Plata, e bateram o traiçoeiro Once Caldas em Manizales.
Assim como o Barça, podem tropeçar num time retrancado, claro. Mas não deixam de ter, hoje, o melhor time do continente.
O Santos? Talvez esteja mais pra Real Madrid: um fora de série (Neymar), algumas estrelas, mas muita bobeira. E claro, um treinador retranqueiro e reclamão.
E, assim como Real e Barça não é final antecipada coisa nenhuma, Santos e Cruzeiro, se se confirmar, está longe de decidir o campeonato.
Ainda falta combinar com Cerro, Vélez, América, Inter, Flu e outros.
E não é essa, afinal, a graça da coisa?