Estaduais: Mudem ou acabem
No início do ano, escrevi aqui no blog um texto defendendo a fórmula do Cariocão que, por mais esdrúxula que seja, proporciona ao torcedor a chance de ver seu time jogar mais vezes contra o rival local.
Motivo (que deveria ser) da existência dos estaduais.
Ainda assim, não é essa a receita para a perfeição, visto que na mesma competição é possível se deparar com uma coleção de partidas horripilantes.
No mesmo manuscrito que defendo a fórmula carioca, crítico a imbecil fórmula paulista.
Antes da bola começar a rolar, avisei:
“Com o novo método de disputa do Paulistão, você se classifica mesmo sem querer”.
Faltando uma rodada para o final da primeira fase, minha teoria se confirma.
O São Caetano que só se sabia estar disputando o campeonato pelo fato de pertencer ao estado e por não ter como ficar de fora em vinte chances, nesta reta final, ganha dum Corinthians há muito classificado, aparece no G8 e, ‘sem querer querndo’, irá a fase de mata-mata.
Quem irá também é o Oeste, cujo favoritismo, hoje, nem na Série B do Paulistinha existiria.
Até a Portuguesa, se bobear, biscoita uma vaguinha.
Quanto aos grandes, nem precisa falar: desde que o campeonato começou já estavam classificados.
E nem por isso eles têm comido a bola nesta temporada.
Exemplo perfeito são dois dos primeiros colocados, Palmeiras (1º 41 pts) e Corinthians (3º 35 pts), longe de serem um ‘Barcelona da vida’.
Lógico que não precisariam, necessariamente, ser.
Mas vá negar que suas pontuações, se descontextualizadas, dariam margem para que se pensasse em algo do tipo?
Como se não bastasse a discrepância entre paulistanos e os demais, a arbitragem, em todos estaduais, permanece a mais caseira possível, os estádios repletos por moscas e… Não dá mais!
Se não servem de parâmetro pra nada e, igualmente não priorizam os clássicos, que acabem!
Ou então mudem suas fórmulas.
Nos grandes centros, talvez separando os pequenos dos grandes, que jogariam apenas uma fase mais avançada.
Mas já que é assim, que joguem os estaduais os clubes que precisam dele.
Eu, particularmente, prefiro respirar novos ares e vislumbrar jogador tendo pré-temporada digna e a Copa do Brasil sendo ainda mais atrativa, voltando a poder gozar das equipes que disputam a Libertadores.
PVC e todos nós, amantes do esporte dos deuses, agradecerão por às segundas-feiras tonar a discutir sobre futebol em detrimento do clima.