Ão, ão, ão, Damião não é Seleção!
Antes de dar início a este texto, quero deixar bem claro que a intenção dele não é crucificar o jovem avante colorado.
Matador que é, trata-se de espécime das mais raras na atual fabrica de craques do nosso futebol.
Motivo pelo qual Mano justifica sua convocação.
Motivo pelo qual entendo que ele não tem espaço neste time.
É evidente que só foi convocado e hoje atuou como titular graças aos cortes de Nilmar e Pato, atacantes que figuram à sua frente na lista de prioridades do técnico brazuca. Tal como me parece ótima opção para os Jogos Olímpicos, fazendo – com Neymar – a dupla de ataque que foi muito bem nesta manhã, contra a Escócia.
O atacante com nome de santo católico não é, de forma alguma, mal jogador. Ganhou, sem grandes esforços, a condição de titular no Inter. Hoje, pela Seleção, jogou sem sentir o peso da Amarelinha. Tendo de cabeça suas duas melhores chances para marcar, com os pés mostrou o que mostra no seu clube: também sabe chutar uma bola.
Todavia, não por isso sou capaz de concebê-lo meio a Ganso, Neymar, Robinho, Pato, Nilmar e Philippe Coutinho. Cogitando, ainda, a possibilidade de recuperação de Kaká e Ronaldinhho, e o sucesso de Fabuloso e (até mesmo do) Imperador em suas respectivas voltas ao Brasil. E, claro, considerando que, desse talentoso grupo, não caberão todos entres o 23 que vão ao Mundial. Além do fato de sempre surgir um novo valor convocado às pressas.
O veloz e envolvente estilo de jogo do Brasil é o mesmo que jamais deveria ter deixado de ser jogado.
E, portanto, não há visão tática que me permita dispensar qualquer um desses artistas citados acima, em prol do “centroavante-trombador” inexistente neste elenco.
Não por ausência de qualidade a Damião, um Jardel melhorado.
Mas, assim como em 98 o ídolo gremista não estava à altura de Ronaldo, Romário, Bebeto e Edmundo, Damião não terá espaço em 2014.