Futebol e o 1º de Abril
Hoje é aquele dia em que, todos nós, amantes do futebol, aproveitamos para “contratarmos” um jogador para o nosso time ou tirar um barato do rival. Acontece que, por mais absurdas que sejam, algumas dessas histórias são perpetuadas, contadas geração após geração. Vamos apresentar três delas, sendo apenas uma verdadeira.
Lara, o goleiro imortal
O trecho acima é de “Os dez mais do Grêmio”, escrito pelo jornalista Marcelo Ferla. No livro, o causo é desmentido. Segundo o autor, “a história foi criada quase como um telefone sem fio”. Lara sofria de tuberculose e insuficiência cardíaca e morreu quase três meses depois.
Primeiro treino de Garrincha
Reza a lenda que, certa vez, levaram Garrincha, recém-chegado de Pau Grande ao Rio de Janeiro, para fazer um teste no Botafogo. O treinador não teria ido com o jeito caipira do menino e, com uma dose de sadismo, pediu que ninguém menos que Nilton Santos, a “enciclopédia do futebol”, titular absoluto da Seleção Brasileira na época , marcasse o novato. O futuro anjo das pernas tortas, no entanto, não se intimidou e jogou tanto, que ao final do treino o próprio Nilton foi falar com o presidente do clube:
“O senhor precisa contratar esse moleque agora, porque eu é que não quero jogar contra ele”. E assim, Mané Garrincha teria sido contratado pelo Botafogo.
Mas jamais nenhum dos personagens envolvidos confirmou a existência desse treino e, sabendo-se do jeito brincalhão de Mané, certamente ele seria o primeiro a querer contar o episódio.
O gol de Pelé na Rua Javari
Pelé é rei e há várias histórias por trás da carreira dele. Uma das mais famosas é o golaço que fez na Rua Javari, que, assim como o primeiro treino de Garrincha, milhares de pessoas juram de pé junto ter acompanhado. Diferentemente do que se contou neste post até aqui, o tento realmente existiu. As imagens são da edição de A Tribuna do dia após ao jogo, ocorrido em 2 de agosto de 1959, pelo Campeonato Paulista daquele ano.