Boteco da Champions: O pulso que não pulsa
O Arsenal recebeu nesta quarta-feira, 25, o Mônaco no primeiro jogo das oitavas de final da Champions League. A expectativa era que com a boa fase de Alexis Sanchez o time inglês conseguisse afastar o fantasma das oitavas. Mas não rolou.
O Emirates Stadium, apesar de lotado, estava vazio. Sem alma! Aliás, tinha alma sim, mas ela pertencia ao visitante francês e sua torcida, que em determinado momento do jogo fez um mosaico com a bandeira do principado de Mônaco.
Ainda não sei o que foi mais mortal ao Arsenal: se foi o segundo gol do time francês, ou se foi o fraco apoio de seus entusiastas. Enquanto isso, o treinador do Arsenal, Arsène Wenger, de forma inexplicável, mantém o seu emprego sem sofrer nenhum tipo de pressão, inclusive dos espectadores mais fiéis do time de Londres.
A partida ainda reservou uma pequena esperança aos Gunners com o lindo gol de Oxlade-Chamberlain. Mas o atacante do Monaco, Carrasco, fez jus ao nome e guilhotinou os ingleses ao melhor estilo Robespierre, no período doe terror na Revolução Francesa.
Há quem diga que o manager contrata muito bem, o que de fato não é uma mentira completa. Contudo, é mais do que óbvio que o Arsenal precisa de um novo comandante. Tudo bem que o time se classifica há muitos anos seguidos para a UCL, tudo bem que a equipe londrina é a atual campeã da FA Cup, mas ainda é muito pouco perto do que o Arsenal poderia ter conquistado desde o fim da “Era Henry”.
Sem pulso, sem alma, sem pressão. A cada dia que passa, concordo mais com José Mourinho: Arsène Wenger detém o melhor emprego do mundo!