Especial Copa: Meus netos: eles serão privilegiados – A história do dia em que a Copa voltou para o Brasil
Dentro de campo vimos um Júlio Cesar bastante inseguro, rebatendo bolas fáceis para frente. Uma linha de defesa aparentemente segura, mas que se importa muito em sempre sair tocando a bola, evitando por tudo o chutão. Confesso que isso me dá um tremendo frio na barriga. No meio-campo, Luiz Gustavo mostrou que não está pra brincadeiras, e Paulinho pouco fez lembrar aquele dos tempos de Corinthians. Na frente, tivemos algumas inversões feitas por Felipão que não surtiram efeito algum, pelo contrário, mais atrapalharam. Hulk fez pouco, mas não comprometeu. Oscar foi destaque, negativo e positivo. Terminou sendo um dos homens do jogo, mas no começo inspirou pouca confiança. Passes errados, nenhuma movimentação e bastante insegurança fizeram parte do começo de seu primeiro tempo. Mas aos poucos, com a participação no gol de empate da seleção brasileira e boas roubadas de bola, conseguiu recuperar a confiança, puxar alguns contra-ataques e acabou fazendo o gol que liquidou a partida. E que gol, o biquinho acabou com o goleirão croata.
Fred, o surfista do Leblon, ficou na banheira durante todo o jogo e pouco apareceu. Mas ele joga por uma ou duas bolas que sobram, sair da área não é muito sua função. Mais do que eu, Felipão também pensa isso. Nem Jô, nem qualquer outro atacante ameaça sua titularidade. E Neymar? É, sem dúvidas, a alma dessa seleção. Difícil encontrar um jogador que tenha colocado a camisa 10 da seleção tão jovem durante uma Copa do Mundo, assumido a responsabilidade de ser o principal jogador do time e correspondido. Independentemente do que esteja por vir, ele assumiu sim a posição de craque do time. É, rapaz… Parece que esse papo de ousadia não é apenas uma mera promoção da Nike. Ainda em tempo, vale dizer que Neymar faz parte de um seleto hall de jogadores que fizeram dois gols durante sua estreia em um primeiro jogo de Copa do Mundo. São eles: Perécio, em 38; Ademir Menezes, em 50, e Pinga, em 54. Preciso dizer que nessa época o futebol era outro e priorizava só o ataque?