Deus, proteja Neymar
Confesso que havia muita expectativa da minha parte para ver novamente a seleção brasileira em campo. Fiquei contando os dias para que a tarde desta terça-feira chegasse e eu pudesse ter uma noção maior do que esperar deste time.
Vi diversas coisas erradas, como reclamou Felipão durante toda a semana. A começar pela defesa…
David Luiz e Dante começaram a partida como terminaram a temporada europeia: lentos e erráticos.
No meio campo, Luiz Gustavo e Ramires pouco conseguiam fazer o time sair para o jogo com qualidade, como também dificilmente se apresentavam à frente.
Oscar era só mais um em campo.
No ataque, Hulk parecia que estava se reencontrando com a bola após muito tempo. E Fred foi o mesmo poste do início da Copa das Confederações.
Obviamente, minhas esperanças foram todas depositadas em cima de Neymar…
Só que o atacante seguia o ritmo de seus companheiros. Se não me engano, o camisa 10 errou suas cinco primeiras jogadas.
Só que aí veio uma arrancada, daquelas típicas…
Uma falta.
Um golaço!
No lance seguinte, uma caneta absurdamente humilhante em cima do zagueiro Baloy, ex-Grêmio e Atlético Paranaense.
O craque acordou e levou com ele todo o time.
Daí em diante os zagueiros melhoraram (nem tanto, mas melhoraram), os meias passaram a conduzir melhor o ritmo do jogo, os laterais passaram a apoiar com mais confiança e o quarteto ofensivo se movimentou com eficiência.
No segundo tempo, com as seis alterações de Felipão, o Brasil evoluiu ainda mais.
Willian foi muito bem e merece ser testado como titular na partida contra a Sérvia.
No entanto, o time continuou dependendo exclusivamente de Neymar para criar as jogadas. Aliás, eu não me recordo de uma seleção brasileira depender tanto de apenas um nome assim.
Não foi assim com Ronaldo, não foi assim com Pelé, Zico.. Talvez um pouco mais com Romário, mas não neste nível.
No fim do jogo, passei a rezar para que Deus proteja Neymar. Com ele, o Brasil tem todas as chances; sem ele, nenhuma…