Boteco da Champions: cheiro da décima?
O replay das quartas de finais entre Real Madrid e Borussia Dortmund serviram para explicar os motivos da derrota madrilenha no ano passado. Para quem não se lembra, o time alemão enfiou sonoros 4 a 1 na equipe espanhola.
Ontem, a equipe do Real demonstrou que possui grandes jogadores na defesa, mas não um grande sistema defensivo. Pepe jogou muito e até evitou um tento certo dos alemães. A equipe dirigida por Carlo Anchelotti, no entanto, foi ameaçada até o final do jogo, simplesmente por atacar sempre. Isso não é ruim e defendo que o time seja assim, que sempre busque objetivo principal do futebol: o gol.
Voltando ao jogo de ontem, a diferença entre os dois times se resume em uma palavra: elenco. Enquanto o Borussia não tinha sete jogadores lesionados e foi a campo com reservas inexperientes, o Real tinha dois importantes desfalques que foram muito bem supridos.
A partida mal começou e os donos da casa já abriram o placar. Enquanto eu decidia com o amigo Felipe Oliveira qual jogo cobrir, o galês Bale colocou o Real em vantagem. Isso com apenas três minutos. Isco, que substituiu de última hora o lesionado Di María, ampliou aos 26. Isso foi o primeiro tempo, no qual o Real marcou em cima, com sangue nos olhos, e o Borussia vivia da tentativa de acertar contra-ataques.
No segundo tempo, Modric deu bom passe para Cristiano Ronaldo, que ficou nervosíssimo na frente do goleiro adversário. Mentira. Como no futsal, passou a bola de um pé para o outro e marcou o décimo quarto gol nesta Champions, igualando o recorde de Mazzola e Messi em uma edição do torneio.
No fim, o Real ainda criou algumas oportunidades, o Borussia também chegou através de contragolpes, mas foi isso: classificação quase carimbada e 100% de aproveitamento no Santiago Bernabéu.
Sinto cheiro da décima taça…
*Sempre que houver rodada do maior torneio de clubes do mundo, a Champions League, e Felipe Oliveira vacilar, Renan Rodrigues lhe roubará a bola e escreverá neste espaço.