Gesto eterno
Bellini deixou o plano terreno. Sua alma foi ao encontro de outros craques do futebol brasileiro. Irá se tornar o capitão do time que já conta com Garrincha, Sócrates e Djalma Santos.
Hideraldo Luís Bellini, mais conhecido pelo último nome, nasceu no dia 7 de junho de 1930, na pequena Itapira. A carreira no futebol começou no Itapirense, mas decolou, de verdade, no Vasco da Gama, onde foi tricampeão carioca e também venceu um Torneio Rio-São Paulo.
Nenhuma dessas conquistas, porém, marcou Bellini tanto quanto um gesto, que se tornou eterno. No ano da primeira Copa do Mundo vencida por nós, o capitão levantou a taça acima da cabeça, possivelmente para que os jornalistas brasileiros, mais ao fundo, pudessem ver a Jules Rimet.
Ano após ano o gesto é repetido em todos os torneios do mundo, por mais que poucos conheçam a história de quem o inventou. A cada taça erguida, Bellini será lembrado, embora sua memória esteja garantida em toda a eternidade. Que a estátua do Maracanã, já conhecida com o nome do ex-zagueiro, seja de vez batizada dessa forma.
Vá em paz, Bellini.
Carreira
Além dos três cariocas e do Torneio Rio-São Paulo, Bellini foi bicampeão do Mundo com o Brasil. Ainda esteve presente na Copa de 1966, na Inglaterra. Também faturou os tradicionais Troféu Teresa Herrera e Copa Roca.