Eu sei: o Corinthians entregou
Não sei se o São Paulo entregou ou não a paçoca contra o Ituano, ontem. Só quem sabe são os jogadores das duas equipes, talvez os treinadores e dirigentes delas, o melhor dos repórteres, quem sabe, e, claro, o cara lá de cima, que sabe de tudo.
O que sempre soube, porém, é que “essas coisas (leia-se “entregadas”) sempre existiram no futebol”, como bem observou o atendente dum boteco no Limão, onde almocei um pão de batata antes da reunião de pauta.
O que também sei é que nesta vida não há justificativa para sacanagem, corrupção, e, portanto, o marmelo, como todas as demais falcatruas que existem por aí, não pode, de forma alguma, ser legitimado.
Tal qual escreveu o jornalista Antero Greco, em seu blog no Estadão.com.br, sei que “culpar outros por erros e fracassos próprios é reação comum. Mesquinha, egoísta, medrosa, mas rotineira. O homem tem reações de grandeza e, falho por natureza, também de covardia.”
E sei que, por isso, Mano Menezes e Romarinho preferiram, após empatarem com o modesto Penapolense, acusar o rival ao invés de terem a humildade de reconhecer que, desde o início do Paulistão, não fizeram por onde – o clube de Parque São Jorge sequer ganhou o jogo que precisava para continuar sonhando com o “mata-mata” do torneio.
E claro que estou sabendo, como Juca Kfouri igualmente está, que este campeonato, de tão ruim, de tão desinteressante e mal ajambrado (tema sobre o qual Felipe Oliveira tratará amanhã), conseguiu o que os mentores dele menos queriam: que o time mais popular do estado caísse logo na primeira fase.