Asterisco?
É errado.
Nada justifica isso, a não ser a preguiça, a má vontade e a incompetência. Se a emissora faz questão de seguir o que é direito, deve obedecer à Fifa, à Conmebol e à CBF, que reconhecem os campeões brasileiros desde 1959.
O Dossiê está aí e é um documento que deve ser lido e esfregado na cara de quem insiste em querer apagar o melhor passado do nosso futebol. O próximo lançamento será em Santos, no salão mármore do clube. Participe. O mais difícil já foi conseguido. Agora não se pode perder o que foi conquistado.
Os do contra dizem que os títulos brasileiros de 1959 a 1970 precisam de asterisco. Talvez precisem mesmo, já que a maioria das pessoas, infelizmente, não conhecem a história do nosso futebol. Mas será que depois do final deste Brasileiro de 2011 também vão colocar asterisco para explicar que o Santos, melhor time do país, teve de fazer a maioria de seus jogos desfalcado devido a compromissos da CBF? Ou apenas encherão a bola do campeão e esquecerão tudo o que foi feito nos bastidores para que o melhor time fosse passado pra trás?
Acho engraçado quando informam que o Santos jogou tantas Libertadores mas esquecem que ele deixou de jogar três delas – em 1966, 1967 e 1969 – porque era obrigado a ceder mais de meio time para a Seleção Brasileira.
Os sacrifícios do Alvinegro Praiano pela Seleção, que se repetem agora, quando joga desfalcado para poder manter o emprego de Mano Menezes e o prestígio da CBF com a Seleção, não são lembrados nem mesmo em asteriscos.
Portanto, torcedores de Santos, Palmeiras, Bahia, Cruzeiro, Fluminense e Botafogo: não esperem que as emissoras comprometidas com o sistema do futebol brasileiro aceitem pacificamente a revolução da Unificação dos títulos, o primeiro ato realmente democrático e sério da CBF em toda a sua existência. Lutem por ela!