Ousadia e alegria
Esse post que você lê, hoje, foi escrito em um Domingo a noite, pouco depois do clássico entre Corinthians e Palmeiras.
Contudo, preferi ilustrá-lo com uma das imagens-símbolo da vitória do Santos sobre o São Paulo.
Tomei essa decisão por um motivo relativamente simples.
Esse sábado, depois de arrebentar com o esquema de Paulo César Carpegiani, Neymar disse que seu lema é “ousadia e alegria”.
Que bom que ainda existe alguém que pense assim.
Porque há quem diga que Palmeiras e Corinthians foi um grande jogo.
Não preciso dizer que discordo.
Foi emocionante? Claro! Poderia ser diferente, se tratando de Palmeiras e Corinthians, duas camisas lendárias, duas torcidas fanáticas e uma rivalidade que é uma das maiores do mundo?
Claro que não. Nem com os elencos que os dois times tem.
Aliás, fora todos os ingredientes mencionados acima, o jogo foi feio.
Ou há algo pra se comemorar na expulsão babaca de Felipão, e na forma como o mesmo se sente perseguido até pela própria sombra?
E que tal a polêmica lamentável que a mídia tentou criar em torno do “drible de Valdivia”, e a forma como a mesma polêmica se encerrou, quando o meia se machucou ao tentar executar a mágica?
Ou, indo mais longe, há algo pra se comemorar na forma como a diretoria alvi-verde se deixa levar por Andrés Sánchez e cia, sem perceber que o mesmo só pensa no seu próprio negócio, e na criação de uma Liga das Estrelas só pra Corinthians e Flamengo?
Não, né? Vamos, então, pra Santos e São Paulo.
O que dizer da forma como a torcida tricolor reagia, a cada vez que Neymar pegava na bola, incitando Alex Silva a “rachá-lo”?
E o que dizer dos pseudo-jornalistas idiotas da objetividade, pregando que o Santos se classificou graças às alterações de Muricy, no intervalo do jogo?
Bom, nada disso merece, na verdade, uma linha desse post, a não ser que seja pra criticar.
Porque nada disso é futebol.
Futebol foi o que eu vi esse fim de semana.
Foi ver um shopping parar na frente de uma TV pra ver os pênaltis de um clássico.
Foi ver um torcedor do Corinthians tocar o hino do clube no rádio, por três horas seguidas.
Foi ver são-paulinos doentes admitindo que perderam, só porque o Santos tem um timaço e Neymar e Ganso jogam muita bola.
Isso é futebol: ousadia e alegria.
O resto é coisa pra inglês ver. Pra inglês ver, e dar ibope para a Globo.