As missões de Muricy
Desde ontem, já estava tudo acertado. Hoje, foi oficializado pela diretoria: Muricy Ramalho é o novo técnico do Santos.
Quem nesta manhã acompanhou meus comentários pelo Twitter, é sabedor da minha opinião de que a filosofia do contratado conflita com a genética dos jogadores do Peixe, tão enaltecida pelo presidente Luís Álvaro (o mesmo que fez de tudo pra trazê-lo).
No entanto, além de ter de prezar pelo tal DNA Santista, o ex-comandante do Flu terá missão, senão mais dura, no mesmo patamar: recuperar o brilho de uma equipe que ainda colhe frutos pela fama do ano anterior, porém, nem de longe se assemelha a ela.
O atual elenco alvinegro não passa de uma caricatura muito malfeita daquele que, em 2010, encantou o país. É verdade que chegaram reforços importantes. Que Elano retornou ainda melhor que quando saiu. Mas, à medida que dois deles não conseguem continuidade, como é o caso de Jonathan e Charles, a importância de Arouca é elevada ao quadrado, e, sua ausência, ainda mais sentida.
Daí para se entender que até hoje Wesley e André não tiveram reposições à altura, é um-dois. Ou alguém aqui acha que Possebon e Keirrison engraxam as chuteiras desses dois?
Vencedor que é, é provável que consiga.
A julgar pelo seu retrospecto em pontos corridos e o tempo maior que terá, nem mesmo o R$1,2 milhão de premiação pela Liberta impedirá que os resultados, caso apareçam, sejam somente no Brasileiro.
Só que aí, é igualmente provável que esbarre na missão inicial.