The dream is over
Como diria John Lennon ao anunciar o fim dos Beatles: “the dream is over”.
“O sonho acabou”. Pelo menos para Milan e Arsenal.
E eu não estaria escrevendo essa coluna se o sonho não tivesse acabado de maneira vergonhosa.
Quer dizer, pode-se argumentar que o Barcelona é o atual melhor time do mundo, e que o Tottenham é bom, pelo menos no papel. Tudo isso é verdade.
Nada, porém, justifica a queda vexatória que Gunners e Rossoneros tiveram nas oitavas-de-final dessa Liga dos Campeões da UEFA.
Comecemos pelo Milan, cujo adversário tinha, como única jogada, o jogo aéreo de Peter Crouch. Isso mesmo: Peter Crouch.
Cadê o tal Robinho que merece ser titular da seleção brasileira? Cadê o “melhor jogador do mundo” que Ibrahimovic diz ser?
Pra mim, de bom nesse jogo, só o volante Sandro, dos Spurs, que parece, cada vez mais, uma ótima aposta para 2014. Fora isso, paciência com Pato e Thiago Silva.
E o Arsenal? Uma coisa é ser eliminado por um time que tem Messi e Iniesta. Outra é passar um jogo inteiro com apenas 32% de posse de bola.
E teve gente que achou bom, porque se o Barça tomasse mais um, tava fora.
Ora, como um time pode tomar gol sem ser atacado?
Encaremos a verdade: Arséne Wenger acabou com o Arsenal. Vamos jogar toda a história do cara no lixo? Claro que não. Foi ele que montou o time campeão inglês invicto de 2004.
Mas tem uma pequena diferença: naquele ano, Wenger tinha Henry e Pires. Hoje, tem um bando de jogadores que, literalmente, não falam a mesma língua.
E isso não seria problema se o Arsenal não tivesse dinheiro. Só que, definitivamente, esse não é o caso. É o técnico indicar, e o jogador vem.
Só que Wenger prefere dar uma de olheiro. Aí, querendo descobrir o novo Messi, contrata o Bentdner, ao mesmo tempo em que não consegue pôr pra funcionar o que tem de bom, como Nasri e Fábregas.
E assim caminha o Arsenal, em direção ao buraco em que o Liverpool vai se metendo.
Como se vê, caro leitor, manter o técnico nem sempre é a melhor alternativa…