Estreias distintas. Porém, positivas
Entre quarta e quinta-feira, dois craques do mundo retonaram – depois de longa jornada fora – aos gramados nacionais.
Ambos campeões do mundo em 2002, vencedores da Bola de Ouro da Fifa e de todas as glórias que um futebolista possa almejar.
Porém, nessa volta conjunta ao Brasil, seus objetivos divergem.
Ronaldinho Gaúcho, empurrado pela maior torcida do país e vestindo a 10 de Zico, tenta reencontrar o futebol dos tempos de Barcelona. Mais que isso: enxerga em tal possibilidade o retorno à Seleção, jogar sua última Copa perspectivando, quem sabe, conquistar o mundo, dessa vez, numa final no Maracanã.
Rivaldo, por sua vez, sofre da dificuldade que sofreu (ou jamais deixará de sofrer) Romário e tantos outros que, impossibilitados de conseguirem olhar no espelho sem chuteiras, não encontravam o dia certo de pindurá-las. É por essa razão que o melhor jogador do planeta em 1999 largou a presidência do seu Mogi para tornar, pela última vez, a chutar uma bola, como quem no ápice do amanhecer é acordado por seu pai para iniciar o dia, e clama pelos últimos cinco minutinhos de sono.
A saideira de Rivaldo acontecerá no São Paulo. Poderia ser no Palmeiras, mas Felipão não quis. E é exatamente essa a minha pulga atrás da orelha, vindo a recusa dum alguém que tanto pena com ausência de qualidade no time em que dirige.