Nem demais, nem de menos
Empolgação é algo muito comum dentro do futebol. Ela transita desde o passional anseio do torcedor em ver seu time na condição de campeão dos campeões, chegando até a tendência jornalística errônia em potencializar fatos emergentes.
Com o início positivo, há tempo para uma recuperação completa de Valdívia, sem a necessidade de que volte quando não tem de voltar. De quebra, Scolari consegue, ao menos por ora, encarar as mudanças políticas dentro do clube, oferecendo aos dirigentes, por conseguinte, mais traquilidade para colocar os projetos de Tirone em prática.
Faltam vários outros.
Parar de vencer somente nos últimos minutos é um deles.
Olhar para o plantel que se tem é válido também:
O elenco ainda é reduzido. A necessidade de um centrovante se torna ainda mais cristalina a cada vez que Dinei toca na bola. Com a saída iminente de Danilo para a Udinese, um zagueiro deve ser contratado, mesmo que ele fique até o meio do ano ou constate-se que o Thiago Heleno que desembarcou no Parque Antartica é aquele que um dia desfilou pelo gramado do Mineirão.
Cicinho tem ido muito bem, até gol fez hoje. Porém, tem de se ter calma para que a euforia dos torcedores não o impeça de ser tão bom quanto aquele que lhe originou o apelido. Vale lembrar, também, que, desde que “Chiqui” Arce deixou de vestir a 2, no início do novo século, vários outros laterais cuja sua ausência tentavam suprir iniciaram bem para depois mergulharem no ostracismo: Bruninho, ex-Marília e, atualmente, Bruno Ribeiro, ala do Prudente; e Figueroa, ex-Colo-Colo, hoje jogador do União Espanhola, são bons exemplos.
Outro setor que demanda reforços é o meio, se possível encontrando mais “tingas” por aí no mercado. A eficiência da saída de bola palmeirense, com o retorno de Márcio Araújo a sua posição de origem, muito bem acompanhado por Assunção e Tinga, a meu ver é aspecto preponderante para esse belo início do Verdão.
Por essa razão questiono a contratação de Chico, embora aprecie seu futebol aguerrido e versátil, além de entender que se trata de sonho antigo de Scolari. Pois, ao mesmo passo, partindo da premissa de que os “volantes com boa saída de bola” são a salvação da lavoura, a opção atleticana mais coerente seria Branquinho. Chico está mais pra Edinho, recém liberado para atuar no Flu.
Na ala canhota Rivaldo tem quebrado um galho, mas quando Gabriel Silva voltar da Seleção sub-20 esse setor será seu. O mesmo deve acontecer com o garçom Luan, que igualmente tem tido atuações satisfatórias, porém pode perder a posição quando Valdívia retornar acompanhado do tão aguardado 9.
Agora, ponto para a empolgação da torcida que, nem de mais, nem de menos, deve se emocionar neste começo, tendo a certeza de que a independência da bola parada de Assunção é o grande feito do seu time até aqui.
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San-São do nosso futebol
O Peixe, com a base do ano passado, tal como na época, joga o melhor futebol do país.
A permanência de Zé Love até o meio do ano foi o melhor reforço que o time poderia ter para a disputa da Libertadores.
A de Maikon Leite, depois do meio do ano, caso aconteça, para o Brasileiro.
E Elano, é mesmo mediano?
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Que fase…
Após empatar com o São Bernardo diante do ilustre torcedor Luiz Inácio Lula da Silva, o Timão só quer pensar no Tolima, na quarta.
E, agora, acreditar em sua mais nova arma: Luis “Cachito” Ramirez!
Ainda bem que Liédson e Cristhian estão chegando. Só espero que dê tempo…